Após um final de semana mergulhado em cultura, vos
retorno com este post meus caros leitores. A falta de tempo tem sido um
problema, mas farei o meu máximo para não deixar de postar por tanto tempo
assim.
Ontem assisti ao filme “O Homem do Ano” com Wagner
Moura. Muito bom, principalmente para quem gosta de romance com ficção. O
cinema nacional cada dia melhor, e isso me orgulha, sou uma fã do trabalho dos
nossos conterrâneos. Mais um trabalho maravilhoso e que além de brasileiro é
mineiro, é a peça que assisti hoje. “Duplo Etério” e quem for daqui de Belo
Horizonte está em cartas de quinta a domingo até dia 11 no SessiMinas sala Holcim.
Muito bom! Quem gosta de uma trama psicológica e personagens marcantes
recomendo muito! E pra fechar com chave de ouro meu final de semana assisti o
filme “Shine”. Lindo, lindo, lindo! Isso que é arte! Mostrar, falar da psicose
sem explicar, sem racionalizar e sem caricaturar! Tanto a peça quanto o filme
estão de parabéns nesse sentido! E o filme é para quem gosta de se emocionar,
para quem é capaz de perceber a beleza da vida até nas menores coisas e
situações.
Bem, comecei fazendo essa propaganda toda mas é
porque vale a pena mesmo usufruir dessas artes. Mas não é sem propósito que as
estou citando. Minha reflexão começou após ver o filme sábado, como nós com
essas rotinas malucas e estressantes estamos perdendo a sensibilidade. As
pessoas não param mais para admirar algo belo, não param mais para refletir
sobre algo chocante, tudo tem se tornado tão banal que não tem feito diferença
na vida das pessoas mais. Ouvi de uma amiga hoje: “Acho a arte deveria ser mais
rápida para poder se encaixar no nosso meio de vida atual”. Bem, então eu acho
que eu estou na contra mão da minha época, sério. Eu paro para adimirar,
refletir, sentir! Não me importo de aproveitar horas do meu dia com qualquer
tipo de arte, seja no museu, no teatro, numa casa de show, no cinema ou mesmo
em casa lendo um bom livro ou desfrutando de outras mídias. Mas também não sou
uma pessoa “apressada” igual todo mundo, eu sofro horrores com a atualidade.
Sou aquele tipo de pessoa que tem tempo pra tudo e gosta de fazer tudo com
calma e quando não dá para fazer calmamente algo sofro. Ando pelas ruas admirando
e pensando sobre várias coisas, principalmente como a vida pode ser bela em
seus mínimos detalhes.
A maioria das pessoas apenas passa por esta vida,
e a rotina pode nos levar pra esse caminho se nós não acordarmos e arranjarmos
tempo para sentir. No “Homem do Ano” eu me apaixonei junto com os personagens,
no “Duplo Etério” eu sofri junto com a personagem e no Shine eu vivi com ele
todas as emoções que ele viveu! Isso que é arte! Te fazer sentir, refletir, de
todas as maneiras e todos os sentimentos. Eu como reres escritora e futura psicóloga
acho que falta isso ao ser Humano, e principalmente aos meus colegas de
profissão que lidamos com o que há de mais íntimo nas pessoas: seus
sentimentos. Se não tivermos sensibilidade jamais as escutaremos e faremos um
bom trabalho. Porém isso vale para todo mundo e todas as profissões, porque as
pessoas não sabem mais lidar umas com as outras. Temos que ter essa
sensibilidade para podermos obter uma convivência saudável umas com as outras.
E se você não quer ser só mais um nessa vida comece a sentir.
Ouvindo:
Aerosmith – Pump – The Other Side