segunda-feira, 27 de maio de 2013

Devaneios Psi Ψ



Novamente confabulando aqui. Hoje em encontro com professores expus uma questão que acho muito relevante e que deve ser pensada tanto no âmbito pessoal (do sujeito) quanto institucional (faculdade). Ao chegar no 9º período e observando meus colegas tanto de sala quanto de outros períodos percebo o quanto o interesse, o ânimo, a volição por estudar tem se esgotado cada vez mais. Estamos todos massacrados, acho que passa principalmente pela questão da metodologia de ensino. Como passamos por uma mudança curricular achei apropriado levar isto a eles.
Porém, sempre os poréns, não fui compreendida ou não quiseram me compreender. Ao mostrar que uma mudança poderia ser interessante, citei um exemplo de um professor que em parte do seu curso utilizou de um método de aprendizagem ativa, onde consistia de problematizações. A sala toda participava, sala cheia em pleno sábado de manhã é raridade e ele conseguiu isso.   – vale um parêntese: os professores que estavam comigo eram psicanalistas. Mas infelizmente de um modo negativo.  Amo a epistemologia, mas as vezes os profissionais se fecham nesse involucro teórico e rigidamente se agarram a alguns pressupostos. São professores muito bons e etc, mas neste ponto caíram no que tanto falam para não fazermos.  A teoria não é rígida e sim quem a executa na maioria das vezes – chega de parêntese. Rsrsrs... Então me lançaram respostas como se eu estivesse sugerindo que os professores fossem babás ou pais dos alunos (nada a ver com o que falei!!!). Outra resposta que isso é responsabilidade única e exclusivamente do sujeito que ele vai pagar de um jeito ou de outro!! (esta fala para mim é pra quem não quer trabalhar, porque é muito fácil falar que o aluno que não estuda e que não lê, sendo que este não tem estímulos para tal!!!)
Para quem não conhece, técnicas de aprendizado ativos dependem muito dos professores (tutores neste caso). Diferente do método tradicional de ensino, é passada, por exemplo, uma temática para turma – e o tamanho da mesma varia de técnica para técnica – e os alunos tem que esgotar esta temática em todos os aspectos possíveis dentro das áreas de atuação do curso. Eu conheço PBL (Problem-Based Learning), que é utilizado pelo curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros. E ele se adapta perfeitamente aos cursos da área de saúde, não só a Medicina. Além de incentivar os alunos a correr atrás e estudar, os ensinam a pesquisar – monografia neste caso seria sopa!..srsr – Outro dado interessante é que não existe mais o “dono” da disciplina, pois são módulos. Exemplo, pega a temática “Drogas” e as esgota em todas as perceptivas.  Os danos biológicos, psicológicos e até sociais, porque o SUS trabalha por este viés, não focando apenas um lado da situação. Aí me deparo com professores “brigando” por poder, por vaguinhas e os alunos se ferrando.  É fácil colocar a culpa nos alunos, difícil é se responsabilizar. Como bons psicanalistas que são, deveriam lembrar que quando nos colocamos no lugar do suposto saber, nada sabemos e nada produzimos. Este negócio do conhecimento vir de cima pra baixo está mais do que fadado ao fracasso. Agora quando ensinamos os alunos a construir o conhecimento, aí sim podemos colher valorosos frutos.  Com esta conversa foi colocado sobre o quão diferente é o aluno da Federal - não conheço nenhum colega da Federal – mas me deu uma vontade danada de perguntar: “Por que você não vai pra lá então?”
Ai meus caros leitores, desculpe enxorra-los com essas coisas, mas acredito que não devo ficar calada!! Percebi agora que voltei ao “normal” o quanto estavam felizes com o meu estado anterior. Cada vez mais tenho chegado a conclusão que eles não querem estudantes pensantes e sim burrinhos de carga. Mas eu continuarei questionando, porque só assim produzimos conhecimento! E com relação a esses professores cada vez mais lembro do meu antigo chefe, como ele dizia: “Povo antiquado e atrasado!!” Sinto sua falta chefe e grande mentor!!

terça-feira, 14 de maio de 2013

Easy Way Out



Não sei se vocês conhecem a música “Easy Way Out” do Gotye, mas é uma música que relata bem como eu tenho me sentido ao fim destes quase cinco anos de curso. É me formo no fim do ano, yeahh..! Finally! Bem  para os que não conhecem vou deixar o link do vídeo e a letra, vale a pena conferir. ;)
Desde que conheci esse cantor com o boom na internet do vídeo da música “Somebody I Used To Know” tenho me apaixonado pelo trabalho dele. Na minha opinião mais atual que ele não há! Ele trabalha diversas questões da modernidade/contemporaneidade/pós-modernidade(cabe a cada um escolher como chama-la, cada uma tem uma prerrogativa filosófica). Não vou entrar neste mérito, mas para mim ainda não saímos da modernidade. Sou amante da Psicanálise e os psicanalistas que me desculpem, discordo com o conceito de pós-modernidade. O álbum todo “Making Mirrors” é perfeito e aborda tais temáticas, entretanto a música que mais me chama a atenção é “Easy Way Out” e o videoclipe faz jus a letra e o que ela quer expor.
Me identifiquei muito pois a graduação, acredito que de forma geral, gera uma fadiga, um cansaço crônico. Ficamos meio que robotizados e alienados em alguns pontos. Tenho vivido uma fadiga inclusive intelectual que tem afetado meu desempenho em certo ponto, inclusive na monografia. Esta ultima tem um outro fator complicador, que só digo uma coisa: Escolham bem seu orientador ou mudem se estiverem descontentes. E pra piorar minha mente tem funcionado a mil pra outros pontos, estou pensando em investir em um outro projeto, ficaram sabendo quando deixar de ser um pensamento e virar realidade. ;)
Acredito que não sou só eu que se sente desta forma, observando minha turma e meus amigos consigo ter a mesma percepção, está em um nível tão crítico que nem consegue-se mais disfarçar. Um pensamento que me acalenta é a tão esperada e sonhada Formatura. Enfim serei uma Psicóloga..yeahh! Depois começara uma nova escalada, e penso será renovada as minhas energias. Novos horizontes a caminho, muitos planos e pensamentos mas nada deste ano acabar e junto com ele meu sofrimento universitário. 

Voltando a música e seu autor/cantor, vejo em sua obra uma relação com Psicanálise, ele retrata o sujeito da atualidade e suas vivências. Ele nos retrata muito bem. O estresse, as cobranças, o gozo ou a falta dele muitas vezes. A busca por objetos compensatórios, pois vivemos tão exigidos por este tempo cronológico que vai de contrapasso com o sujeito, com o tempo do sujeito que nos consome. Nosso tempo é lógico e isso gera um atrito, uma angústia, um sentimento de desespero e solidão, porque não damos conta da demasiada demanda que estamos tendo – e não temos que dar conta mesmo. Tudo pra ontem, e lá ficamos nós de lado mais uma vez em prol de alguma obrigação. E muitas vezes ao invés de tentarmos desalienar nos alienamos mais em fugas vazias e desprovidas de sentido, apenas para satisfazer o gozo. Para a nossa sociedade atual é ótimo, pois usamos como escape as compras, as baladas sem fim, a comida, as drogas e etc. Divertir-se é importante, saudável quando não se torna uma mera fuga da realidade esmagadora. Tem se tornado um verdadeiro desafio não adoecer atualmente.
 





Easy Way Out
Seventeen seconds and i'm over it
Ready for the disconnect
Putting on a brave face
Trying not to listen
To the voices in the back of my head
(but it's alright now)
It's a distant memory baby
(it's alright now)
You know you should just let it go
But some feelings have a habit of persisting
Even though you wouldn't let it show
Wearing me out
(all this)
Hanging around
(it just starts)
Getting me down
('till i'm just)
Looking for an easy way out
Braindead from boredom
I'm led to distraction
Scratching the surface of life
Nothing really happens
But it's easy to keep busy
When you tell yourself you're traveling right
(but it's alright now)
Was it really worth it baby?
(it's alright now)
Was it just a waste of time?
Keep on second-guessing
Use my memory like a weapon
On everything i try